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1.
Paulo VI, Lumen Gentium, p.118
VIRGEM MARIA, que na anunciação do anjo recebeu o Verbo de Deus no seu coração e no seu corpo, e deu a Vida ao mundo, é reconhecida e honrada como verdadeira Mãe de Deus e do Redentor. Remida de modo mais sublime em atenção aos méritos de seu Filho, e unida a ele por vínculo estreito e indissolúvel, foi enriquecida com a sublime prerrogativa e dignidade  de ser Mãe de Deus Filho, e, portanto, filha predileta do Pai e sacrário do Espírito Santo, com este dom de graça sem igual, ultrapassa de longe todas as outras criaturas celestes e terrestres.

2.
Paulo VI, Lumen Gentium, p.120
QUIS PORÉM, o Pai das misericórdias que a encarnação fosse precedida da aceitação por parte da Mãe predestinada, a fim de que, assim como uma mulher tinha contribuído para a morte, também uma mulher contribuísse para a vida. E isto se aplica de forma eminente à Mãe de Jesus, a qual deu ao mundo aquele que é a Vida, que tudo renova, e foi enriquecida por Deus com dons convenientes a tão alto múnus. 

3.
Paulo VI, Lumen Gentium, p.127

NENHUMA CRIATURA pode colocar-se no mesmo plano que o Verbo encarnado e redentor; mas, assim como o sacerdócio de Cristo é participado de modo diverso pelos ministros sagrados e pelo povo fiel, e assim como a bondade de Deus, única, difunde-se realmente em medida diversa pelas suas criaturas, assim também a única mediação do Redentor não exclui, antes suscita nas criaturas uma cooperação múltipla, embora a participar da fonte única
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4.
Paulo VI, Marialis Cultus, p.28

O CULTO CRISTÃO, de fato, é por sua natureza culto ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo; ou, conforme se expressa a Liturgia, ao Pai por Cristo no Espírito Santo. 

Nesta perspectiva torna-se ele [o culto] extensivo, legitimamente, se bem que de maneira substancialmente diversa, em primeiro lugar e de modo singular, à Mãe do Senhor; depois aos santos, nos quais a Igreja proclama o mistério Pascal, porquanto sofreram com Cristo e com Ele foram glorificados. 

Na Virgem Maria, de fato, tudo é relativo a Cristo e dependente d’Ele. Foi em vista d’Ele que Deus Pai a escolheu Mãe toda-santa e a exornou com dons do Espírito a ninguém mais concedidos.
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5.
João Paulo II, 
Redemptoris Mater, p.83


A Igreja sabe e ensina, com São Paulo, que um só é o nosso mediador: “Não há senão um só Deus e um só é também o mediador entre Deus e os homens, o homem Cristo Jesus, que se entregou a si mesmo como resgate por todos” (1 Tim 2, 5-6).

“A função maternal de Maria para com os homens de modo nenhum obscurece ou diminui esta única mediação de Cristo; mas até manifesta qual a sua eficácia” é uma mediação em Cristo.

A Igreja sabe e ensina que “todo o influxo salutar da Santíssima Virgem em favor dos homens se deve ao beneplácito divino e ... dimana da superabundância dos méritos de Cristo, funda-se na sua mediação, dela depende absolutamente, haurindo aí toda a sua eficácia; de modo que não impede o contato imediato dos fiéis com Cristo, antes o facilita”.
Este influxo salutar é apoiado pelo Espírito Santo, que, assim como estendeu a sua sombra sobre a Virgem Maria, dando na sua pessoa início à maternidade divina, assim também continuamente sustenta a sua solicitude para com os irmãos do seu Filho.

Efetivamente, a mediação de Maria está intimamente ligada à sua maternidade e possui um carácter especificamente maternal, que a distingue da mediação das outras criaturas que, de diferentes modos e sempre subordinados, participam na única mediação de Cristo; também a mediação de Maria permanece subordinada.  Se, na realidade, “nenhuma criatura pode jamais colocar-se no mesmo plano que o Verbo Incarnado e Redentor”, também é verdade que “a mediação única do Redentor não exclui, antes suscita nas criaturas uma cooperação multiforme, participada duma única fonte”; e assim, “a bondade de Deus, única, difunde-se realmente, de diferentes modos, nas criaturas”.


O ensino do Concílio Vaticano II apresenta a verdade da mediação de Maria como “participação nesta única fonte, que é a mediação do próprio Cristo”. Com efeito, lemos: “A Igreja não hesita em reconhecer abertamente essa função assim, subordinada; sente-a continuamente e recomenda-a ao amor dos fiéis, para que, apoiados nesta ajuda materna, eles estejam mais intimamente unidos ao Mediador e Salvador”. 

Tal função é, ao mesmo tempo, especial e extraordinária. Ela promana da sua maternidade divina e pode ser compreendida e vivida na fé somente se nos basearmos na plena verdade desta maternidade. Sendo Maria, em virtude da eleição divina, a Mãe do Filho consubstancial ao Pai e “cooperadora generosa” na obra da Redenção, ela tornou-se para nós “mãe na ordem da graça”. Esta função constitui uma dimensão real da sua presença no mistério salvífico de Cristo e da Igreja.

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6.
Credo Apostólico

Creio em Deus Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra;
e em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor;
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo;
nasceu da Virgem Maria,
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado morto e sepultado;
desceu à mansão dos mortos;
ressuscitou ao terceiro dia;
subiu aos céus,
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo,
na santa Igreja Católica,
na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne,
na vida eterna.
Amém
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7.
Credo
niceno-constantinopolitano

Creio em um só Deus, Pai Todo-Poderoso,
criador do céu e da terra; de todas as coisas visíveis e invisíveis.
Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus,
luz da luz;
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro;
gerado, não criado,
consubstancial ao Pai.
Por ele todas as coisas foram feitas.
E por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus: e se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria,
e se fez homem.
Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos;
padeceu e foi sepultado.
Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras,
e subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai.
E de novo há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim.
Creio no Espírito Santo,
Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho;
e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado:
ele que falou pelos profetas.
Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica.
Professo um só batismo para remissão dos pecados.
E espero a ressurreição dos mortos
e a vida do mundo que há de vir.
Amém.


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